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É Carnaval, mascarem-se... Filhos de pais, pais de filhos

Aproveitando a época do Carnaval, sugiro uma máscara diferente, divertida e com uma grande aprendizagem.

Mães, pais mascaram-se de filhos e filhas e estes, de mães e pais. Com todos os pormenores: dos sapatos ao cabelo, com maquilhagem e ténis rasgados, a troca deverá ser a mais pormenorizada possível, para que todos se sintam no papel do outro. A acompanhar a máscara exterior, cada um deve adoptar os comportamentos, atitudes, expressões do elemento da família do qual se mascarou: linguagem verbal e não verbal, expressões características, reacções comuns. Poderão ficar por casa e em todas as rotinas usar as máscaras, ou até dar um passeio em família com estas máscaras. Alerto, especialmente no caso dos adolescentes, conversar e encontrar um acordo entre todos é fundamental para que este desafio seja levado com muita diversão e para que se possa, no final, tirar as aprendizagens possíveis e a fundamental: tomar o lugar do outro.

Porque quando experimentamos o lugar do outro, compreendemos melhor o que outro sente, pensa, as dificuldades com que lida e as reacções que tem. E isto não é só válido dos filhos para os pais, mas muitos pais e mães poderão compreender melhor como se sente o filho já adolescente ou a filha pequena. Não só tomar o lugar do outro, mas também ousarmos saber e ver como os filhos nos vêem e os filhos observarem como os pais os vêem e o que transmitem.

Depois, reflectir: o que aprendi com o que vi? O que gostei de ver e o que não gostei? O que gostaria que fosse diferente? Como posso alterar alguns comportamentos? Quais as reacções que devo manter?

Um Carnaval desafiante e de grande trabalho na dinâmica familiar, porque todos os dias as famílias mudam, agitam-se e têm novos desafios.

Um excelente Carnaval!

Fonte imagem: http://joyreactor.com/post/1163689

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