Agarrar o impulso da resolução no novo ano - uma sugestão para TODAS as famílias!
Terminamos o ano com a expectativa de que a mudança para o novo ano nos traga, novos objectivos, novas estratégias, sonhos e formas de estar e ser. Dizemos: "- No próximo ano, vou começar a ir ao ginásio mais vezes, a comer melhor, a trabalhar naquele projecto que deixei de lado, a respeitar mais as minhas necessidades e vontades..." Esquecemo-nos, por vezes, que a mudança de ano, é mesmo de um minuto para o outro. Ora são 23h59, ora são 00h00 do dia 1 de Janeiro. A hipótese é só uma para pôr em prática esses novos desejos e sonhos: agarrar o impulso da resolução no novo ano. Aproveitarmos que estamos motivados, que temos, mais do que noutras alturas, um marco de mudança, de começar de novo, de início e pormos em prática o que queremos e desejamos.
E que tal aplicarmos isto à família? A cada um de nós na família e à família enquanto grupo/sistema? É a ideia que deixo neste início de 2018: reinventem-se, comecem de novo juntos, encontrem no impulso da resolução, o impulso e a força para estarem mais felizes, melhores e com maior tranquilidade.
E como?
Primeiro, os adultos. Enquanto pai, mãe, enquanto pais, mães reflictam e respondam por escrito às questões:
1. Que aspectos, enquanto família, podemos e queremos melhorar?
2. Como adulto (pai, mãe, pais, mães) nesta família, o que encontro como pontos que necessito de melhorar?
3. Relativamente aos meus filhos e filhas, o que precisam melhorar? E do que sentem necessidade?
Depois desta reflexão escrita apenas de adulto e de encontrar respostas o mais objectivas e concretas possíveis, reunam em família e escutem, acima de tudo escutem. Nesta fase, é dita na conversa familiar que não se irão emitir juízos e críticas sobre o que cada elemento dirá. Todos poderão falar e será escrito.
Façam perguntas às crianças e/ou adolescentes relativamente ao que gostavam que fosse diferente na e em família e escrevam num papel para todos verem.
Depois escrevam o que gostam e que querem manter. Adultos e miúdos poderão e deverão, à vez, dar a sua opinião.
Em conjunto, depois de se escutarem uns aos outros, sem juízo e sem crítica, gerem ideias e estratégias para darem resposta às necessidades, vontades e pontos negativos indicados para cada um.
A criatividade nas ideias não tem de ter limites, embora me caiba alertar que as soluções são todas boas enquanto ideias, é necessário é que possam ser postas em prática e tornadas exequíveis e concretizáveis. Aí, os adultos podem e devem ajudar, de forma construtiva.
Dicas finais: não é importante ter ideias para todas as dificuldades e aspectos a melhorar identificados, mas as que se tem, conseguir aplicar efectivamente. Mais vale começar com poucas e aplicá-las, para que depois todos se motivem e queiram continuar, do que ter muitas e não conseguirem pôr em prática, dando uma sensação de ineficácia e falha. Estabeleçam datas possíveis e concretas para aplicar as estratégias, que, não podendo ser imediatas, não sejam demasiado longíquas no tempo. Mostrem aos miúdos que estão aplicados, envolvidos e que acreditam que todos juntos serão capazes.
Não desistam à primeira contrariedade. Mesmo quando é um suspiro de impaciência do filho adolescente ou uma birra da mais nova.
Eu acredito, sempre. De outra forma, não conseguiria fazer o que faço diariamente com as famílias!
E acredito que aí em casa serão capazes, partilhe comigo o que conseguiram e pode ser somente: Verem um filme juntos. Às vezes é mesmo o que está a faltar.
Um ano feliz, com mudanças, das boas!
Fonte (imagem): http://www.entretendo.com/jogo-simpsons-celular-gratis/